S&P cortou nota de 31 empresas e 13 instituições financeiras.
Na véspera, agência tirou o grau de investimento do Brasil.
A Standard & Poor's (S&P) rebaixou a nota de 31 empresas nesta
quinta-feira (10) – entre elas a Petrobras, que perdeu o grau de
investimento – e de outras 13 instituições financeiras, das quais 11 perderam o selo de bom pagador.A ação de rating é um desdobramento direto do rebaixamento da nota de crédito soberano do Brasil,
anunciada na véspera, que fez o país perder o selo de bom pagador na
classificação da S&P. Não significa, necessariamente, que as
companhias estão em situação ruim.
Segundo a agência, as novas notas refletem a visão da S&P de que as
empresas estão atualmente com o número máximo de "degraus" de diferença
acima da nota do país.
Sete das 31 companhias mantiveram o grau de investimento porque existe
uma “distância máxima” que pode ser mantida em relação ao rating do
país, rebaixado para BB+. Entre elas estão Ambev, Votorantim e Globo –
que, hoje, está dois degraus acima da nota do Brasil. (veja a lista abaixo)
Petrobras
A nota da Petrobras foi rebaixada em dois níveis, de "BBB-" para "BB", com perspectiva negativa. A estatal está agora na categoria especulativa.
A nota da Petrobras foi rebaixada em dois níveis, de "BBB-" para "BB", com perspectiva negativa. A estatal está agora na categoria especulativa.
Entre os 13 bancos com ratings afetados após o corte da nota do Brasil,
dois já não tinham grau de investimento; as demais o perderam. Entre os
bancos que têm agora grau especulativo estão o Banco do Brasil, Itaú,
Bradesco, BNDES e Caixa Econômica Federal.
Dívida da Petrobras
Em comunicado, a S&P disse que a perspectiva negativa aplicada à dívida da Petrobras – que abre a possibilidade de outro rebaixamento no futuro – é um reflexo da situação política e econômica do país.
Em comunicado, a S&P disse que a perspectiva negativa aplicada à dívida da Petrobras – que abre a possibilidade de outro rebaixamento no futuro – é um reflexo da situação política e econômica do país.
"Vamos continuar avaliando a qualidade de crédito das empresas em uma
base contínua em vista da enfraquecida qualidade do crédito soberano e
de perspectivas macroeconômicas mais fracas”, afirmou a S&P.
Em teleconferência com jornalistas mais cedo, analistas
da S&P já tinham sinalizado que a Petrobras corria o risco de
perder o grau de investimento e ter a sua dívida rebaixada para a
categoria especulativa.
Segundo a agência, o Brasil precisa mostrar sólido e consistente comprometimento para reverter a sua situação e voltar a ter grau de investimento.
Em comunicado, a Petrobras afirmou que a financiabilidade dos projetos
da companhia, no médio prazo, foi alcançada por meio de financiamentos
captados neste ano com instituições financeiras no Brasil e no exterior.
"A companhia esclarece, ainda, que seus financiamentos não possuem
cláusulas atreladas ao rating das agências classificadoras de risco. Ou
seja, a reclassificação não provocará alterações nos contratos
vigentes", informou a estatal.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário